quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Arqueólogo

Sinto a melodia do sarangi
Inebriando minha alma entristecida,
Seu lamento sem palavras,
Num dialeto que nem mais sei escrever,
Suas cordas choram com a beleza da canção,
Como minha vida tangida pelo tempo.
Sinto sua poesia como uma brisa suave...
Fala das cores e das dores do amor,
Amor da terra, amor da vida, amor do coração...
Fala de saudade com seus cheiros inesquecíveis,
Fala do passado com seus detalhes quase invisíveis,
Não fala do futuro sua música triste,
Cada nota fere fundo com o alfanje do tempo implacável,
Estou em casa...
Meu palácio , minha tenda, meu oriente perdido no ontem em que adormeci...
Mas não fala a música de alegria quando me leva de volta!


Jaboatão 23/02/2009

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